Ativista Graça Machel participa de bate-papo na sede do Ilê Aiyê

Um bate-papo com a ativista moçambicana, Graça Machel, realizado nesta quarta-feira (6), na Senzala do Barro Preto sede do bloco Ilê Aiyê, fortaleceu os laços históricos e semelhanças entre a Bahia e o país do sudeste africano. Graça, uma das mais atuantes ativistas dos direitos humanos da atualidade, celebrou a história do Ilê, atuando como ferramenta de protesto e contribuindo para a autoestima dos negros baianos e de todo o mundo.

“Eu me sinto em casa aqui em Salvador e na Bahia. É um sentimento realmente extraordinário. O calor das pessoas e a simplicidade com que elas se comunicam fazem com que eu me sinta completamente identificada. É muito bom estar aqui, ainda mais conhecendo esse projeto tão interessante e falando sobre estratégias para superar os preconceitos em prol de uma sociedade melhor e mais harmoniosa”, afirmou.

Durante o encontro, o Ilê anunciou detalhes para o carnaval do próximo ano, em que prestará uma homenagem a Nelson Mandela, com quem Graça foi casada. O ex-presidente da África do Sul e símbolo da luta contra o apartheid, regimento de segregação racial, morto em dezembro de 2013, completaria 100 anos em 2018. “Ser informada dessa homenagem foi o melhor presente que eu poderia receber. Para mim significa manter viva a memória de Nelson Mandela”, completa a ativista.

Para o fundador e presidente do bloco, Antônio Carlos ‘Vovô’, a visita de Graça Machel é uma honra. “Nós apresentamos para ela o nosso projeto para o carnaval em que faremos uma homenagem a esse símbolo tão importante de nossa cultura. Para nós é uma honra muito grande receber uma mulher como a Graça, com a história de vida e luta que ela tem e fazer esse intercâmbio bacana”.


Ativismo

Graça Machel visitou o a sede do Ilê Aiyê um dia depois de participar do projeto Fronteiras do Pensamento, que é apoiado pelo Governo do Estado e discute temas importantes na contemporaneidade. Política e ativista pelos direitos humanos, Machel é uma das mais importantes ativistas africanas, ligada a organizações sociais para a manutenção dos direitos de mulheres e crianças. Formada em Filologia da língua alemã pela Universidade de Lisboa, atuou como professora e lutou com a Frente de Libertação de Moçambique durante a Luta Armada da Libertação Nacional.

Fonte: Secom.ba

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