Bahia Pesca apresenta no Ceará sistema de piscicultura para semiárido

A Bahia Pesca, empresa vinculada à Secretaria de Agricultura do Estado (Seagri) anuncia esta semana, em Fortaleza (CE), uma tecnologia adaptada pela empresa para a produção de peixes. Trata-se da piscicultura em sistema bioflocos. O novo método de produção permite que os produtores baianos – especialmente aqueles localizados no semiárido – possam ter ‘fazendas’ de peixes mesmo em locais com baixo suprimento de água, e passem até seis meses sem renovar a água de seus tanques.

O processo será demonstrado para produtores e pesquisadores de todo o Brasil durante a Feira Nacional do Camarão (Fenacam), que acontece desta terça a quinta-feira (22 a 24), no Centro de Eventos do Ceará, das 14 às 22h. A Bahia Pesca estará com um estande no local para apresentar aos investidores de todo o mundo as oportunidades de investimentos na Bahia, e os técnicos à disposição para explicar como funciona o sistema e seus benefícios.

O presidente da Bahia Pesca, Dernival Oliveira Júnior, explica que “o sistema permite a utilização de uma água imprópria para consumo humano, mas apropriada para dar uma alternativa de renda e alimento para o sertanejo. Ao contrário do que disse a música, o sertão não virou mar, mas vai dar peixe”. Segundo o secretário estadual da Agricultura, Vitor Bonfim, “o sistema chega como uma nova alternativa para regiões que atravessam um longo período de estiagem. Diante do grande potencial da Bahia para a produção de pescado, o Governo do Estado não mede esforços e vem empreendendo e intensificando ações para estruturar a atividade pesqueira e tornar o Estado autossuficiente na produção”.

Bonfim enfatiza ainda que apresentação da nova tecnologia, implementada pela Bahia Pesca, demonstra o “comprometimento com o acesso às novas técnicas, o aumento da renda e a promoção de melhorias na qualidade de vida dos produtores”. O sistema bioflocos
consiste na técnica de cultivo que estimula o crescimento de bactérias que fazem a assimilação em biomassa bacteriana, formando aglomerados compostos por restos de fezes e ração, bactérias e outros microrganismos.

“Essa técnica reaproveita a água do sistema e permite a diminuição de gastos com a renovação da água, reduzindo o consumo e o impacto ambiental, e aumentando a eficiência e a sustentabilidade da produção”, explica o gerente de projetos da Bahia Pesca, José Sanches Júnior. A empresa prevê a instalação, em cidades do semiárido, de tanques-lona com capacidade para 20 mil litros de água, que serão povoados com tilápias, peixe de fácil manejo e ótima adaptabilidade. Cada tanque será capaz de produzir, por ano, 3.600 quilos de peixes.

A Bahia Pesca está em fase de captação de recursos para a implantação dos sistemas nas comunidades rurais do estado. “Com o sistema tradicional de piscicultura, a água utilizada nos tanques precisa passar por constante renovação. Entre 3% e 10% da água te, que ser trocada diariamente. Já com o sistema de bioflocos, esta água só necessita de troca a cada seis meses, tempo de duração de um ciclo de produção”, afirma Júnior.

Fonte: Ascom/Bahia Pesca

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