Com incentivos e redução da burocracia, acelera a exportação de veículos brasileiros

Em agosto, Brasil registrou volume recorde em venda de automóveis para o exterior. Medidas do governo têm influência positiva direta no resultado

Depois de mudanças que simplificaram e facilitaram a troca comercial entre o Brasil e o restante do mundo, as exportações de automóveis dispararam. O setor tem contribuído diretamente para a retomada da economia e para a recuperação do mercado de trabalho. Apenas em agosto, US$ 641,6 milhões em veículos de passageiros foram exportados – um recorde para o mês.

Fatores como a assinatura de acordos internacionais e a implantação do Portal Único de Comércio Exterior e a nova política automotiva (o Rota 2030), em fase final de elaboração, foram determinantes para o setor automotivo brasileiro ganhar espaço nas exportações.

Nas relações entre Brasil e Argentina, por exemplo, o portal único reduziu em 30% o custo das emissões dos certificados de origem. Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), o tempo de emissão dos documentos caiu de um dia para 30 minutos com o portal. Essa e outras medidas, de acordo com autoridades e especialistas, têm influenciado as exportações.

Para melhorar ainda mais o desempenho do setor a partir do ano que vem, o governo vai implantar o programa Rota 2030, um substituto para o Inova-Auto. “O Rota 2030 tem entre os seus pilares o desenvolvimento tecnológico, a segurança veicular, a eficiência energética, a competitividade e o aumento de produção”, explicou secretário de Desenvolvimento e Competitividade Industrial do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Igor Calvet.

Perpesctiva

Por conta do desempenho, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) revisou as projeções para a produção no ano. A expectativa para 2017 de veículos vendidos no Brasil e no exterior passou de 2,13 milhões de unidades para 2,20 milhões – um aumento de 7,3% em comparação ao ano passado.

“As novas previsões da Anfavea demonstram que a indústria caminha para um cenário de retomada neste ano”, avaliou o presidente da associação, Antonio Megale. Outro dado revisado pela entidade foi a expectativa para a produção: o crescimento esperado para 2017 passou para 25,2%, um incremento que vai permitir ao País alcançar 2,70 milhões de unidades produzidas.

De acordo com o executivo, agosto é tradicionalmente forte e o quadro econômico demonstra sinais positivos, o que explica o bom desempenho. Segundo Megale, o mês marcou um fato inédito: pela primeira vez, foi superada a marca de 200 mil unidades em vendas no ano. “O horizonte é promissor ao enxergarmos as quedas da inflação, da taxa de juros, do nível de desemprego, do endividamento das famílias e dos índices de inadimplência”, ponderou.

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Fonte: Portal Brasil, com informações da Anfavea e do Mdic

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