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CDL, ACEFS e SINCOMFS se reuniram com representantes da COELBA Embasa, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Prefeitura Municipal para tratar sobre o incêndio que atingiu mais de 10 lojas no comércio de Feira de Santana.
Por Silvana Ferraz
ASCOM CDL
Sexta-feira, 1º de julho, um dia que já entrou para a história de Feira de Santana que foi palco para mais um incêndio no Centro comercial da cidade. Por volta das 18:30, mais de 10 lojas situadas entre as ruas Tertuliano Carneiro e Sales Barbosa foram atingidas por um incêndio de grandes proporções.
Apesar de não ser o primeiro incêndio a acontecer nas mediações da Sales Barbosa, nada tem sido feito para diminuir os riscos de uma catástrofe no comércio feirense. A busca por soluções tem sido constantemente cobradas pelas entidades representativas do comércio, Câmara de Dirigentes lojistas (CDL), Associação Comercial (ACEFS), e Sindicato do Comércio (SINCOMFS), que já entrou com um inquérito civil (nº 596.046572/2008) com o objetivo de apurar todas estas irregularidades que colocam a população em situação de alto risco.
De quem é a culpa do incêndio? Talvez esta pergunta permeie a cabeça da maioria dos feirenses. Para as entidades de classe, o importante agora não é achar culpados, mas sim buscar responsáveis para solucionar definitivamente os problemas que são constantemente denunciados. “Mais um incêndio no Centro Comercial de Feira de Santana. Coração de uma cidade que nasceu do comércio e continua crescente, sendo o maior centro comercial do interior do Brasil, exceto algumas cidades da região sudeste. A proporção deste incêndio, que com todos os cuidados tomados nem sempre podemos evitar, poderia ser infinitamente menor se houvesse acesso pela Rua Sales Barbosa para os parcos caminhões dos bombeiros. Mas que rua? Mas que calçadão? O que vemos é um amontoado de barracas de alvenaria e ferro, cravadas no chão (na essência da palavra não podemos chamá-los de ambulantes) ocupadas por comerciantes estabelecidos que concorrem em desigualdade com as lojas, e o pior de tudo, colocando todos (inclusive eles próprios) em uma situação de alto risco. Risco de assaltos pela baixa mobilidade do local, aliás mobilidade esta impossível para portadores de dificuldades de locomoção, risco de incêndio, pela precária situação das instalações elétricas, risco de saúde pública, pela poluição e condições sanitárias. Que absurdo é este que não tem a intervenção do poder público constituído para ordenar um espaço que é de todos?”, discurso das entidades, apresentado por Marcelo Alexandrino, presidente da ACEFS.
Segundo as entidades, a falta de recursos para combater o incêndio foi responsável pelo tamanho do estrago causado pelo mesmo. “O Corpo de Bombeiros possui uma corporação valiosíssima e fez um trabalho fantástico neste último episódio, trabalha sem a devida estrutura há anos, sendo a Guarnição de Feira de Santana frequentemente usurpada para a estruturação de outras cidades.! Onde estão os recursos amealhados pelo Governo Estadual com a taxa de incêndio cobrada dos comerciantes locais que era para aparelhar o Corpo de Bombeiros? Quando precisamos dele não temos carros suficientes, equipamentos e pasmem todos, água disponível para apagar o incêndio. Não é a primeira vez que os empresários precisam pagar caminhões pipa para tentar salvar alguma coisa de seus comércios. Onde estão os nossos recursos? Onde estão os hidrantes que deveriam estar em pleno funcionamento no centro da cidade e toda vez que precisamos acioná-los não tem o liquido precioso para o combate ao incêndio. Precisamos que a EMBASA resolva este problema e tenha sempre equipes de plantão para operar a rede hidráulica nestes momentos. Não existe treinamento específico para minimizar os impactos de um sinistro no centro da cidade. Não sabemos a quem nos dirigir quando acontece alguma catástrofe”, desabafam.
Fizeram parte da mesa representantes de vários órgãos: Pedro Américo Lopes – Defesa Civil; Antônio Carlos Borges Jr – Prefeitura Municipal; Major Tarcísio Ribeiro do Vale – Corpo de Bombeiros; Major Lúcio Fonseca – polícia Militar; Cleriane Rodrigues – COELBA e Thais Dias – EMBASA. Marcaram presença no evento, os donos da ABC e Só Festas, lojas atingidas pelo incêndio, e a imprensa local.
De acordo com o coordenador da defesa Civil, Pedro Américo, este incêndio foi o maior já registrado no comércio de Feira. “Envolvidas diretamente no incêndio foram quatro lojas, mas várias outras lojas foram comprometidas com o sinistro. Os engenheiros da prefeitura foram acionados para fazer a vistoria técnica logo após a perícia da polícia civil. Existem alguns prédios comprometidos, outros com estrutura mais antigas que serão avaliados. Se houver riscos de desabamento serão interditados”, informa.
O Major do Corpo de Bombeiros relatou que se a equipe não tivesse sido ágil, todo o quarteirão poderia ter sido afetado pelo fogo e uma das maiores preocupações é que o fogo não chegasse até as barracas instaladas na Sales Barbosa. “Os hidrantes precisam estar em condições de uso. Neste caso não foi necessário, mas as barracas ainda obstruem e dificultam o acesso a eles. Isso precisa ser resolvido!”, declarou.
Outra reunião foi marcada para esta quarta-feira, 6, às 14h na CDL.