Conselho recomenda índice abaixo da inflação para reajuste da passagem de ônibus

O valor da passagem do transporte urbano de Feira de Santana e mais seis distritos, deverá  passar para R$ 3,10. É o que recomenda o Conselho Municipal de Transportes, em reunião para avaliação do reajuste da tarifa, realizada nesta quarta-feira (13). O índice de aumento, de 8,77%, foi concedido sobre R$ 2,85, valor  previsto na licitação que definiu as novas empresas responsáveis pelo serviço, em dezembro de 2014.

Embora a proposta contida no processo licitatório fosse de R$ 2,85, o Governo Municipal conseguiu manter em R$ 2,70 durante o ano de 2015. O prefeito José Ronaldo não admitiu a prática da tarifa de R$ 2,85 à época pelo fato de o sistema necessitar de um prazo para operar com a nova frota, composta de mais de 270 ônibus zero quilômetro.

O reajuste agora concedido, no entanto, tecnicamente deve ser calculado sobre o valor estabelecido na licitação. Considerando o valor original de R$ 2,85, o reajuste proposto é quase dois pontos percentuais abaixo dos índices oficiais da inflação de 2015.

Nove dos 11 membros do Conselho Municipal de Transportes presentes à reunião  votaram pela nova tarifa.

Os novos valores serão apresentados nos próximos dias ao prefeito José Ronaldo de Carvalho, que poderá tornar lei, ou não, a decisão do Conselho. Não tem data definida de quando os novos valores serão cobrados. Quanto a meia-passagem e a tarifa com desconto aos domingos e feriados, quando pagas em espécie, continuarão a ser praticadas.

A reunião aconteceu no Salão de Licitações, à avenida Sampaio. As passagens para os distritos de Jaguara e Bonfim de Feira tem valores diferenciados.

Para o secretário de Transportes e Trânsito, Pedro Boaventura, que preside o Conselho, o novo valor da passagem é resultado de bom senso. Ele ainda garantiu que o aumento da tarifa não será liberado pelo governo antes que a nova frota entre em circulação.

A proposta que quase atingiu o consenso entre os conselheiros foi apresentada pelo presidente da Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana, Marcelo Alexandrino, que argumentou o peso da passagem nos custos das empresas, notadamente as de menor porte. Os seus argumentos foram apoiados pelos presentes.

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