Governo constitui comissão para discutir reformas na Previdência
Objetivo é construir convergências para a criação de uma agenda para reformas do sistema previdenciário brasileiro
Representantes do Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social se reuniram nesta quarta-feira (17), no Palácio do Planalto, para discutir compromissos do governo federal para a retomada do crescimento econômico e questões relativas à reforma da Previdência.
Durante o encontro, foram apresentados os temas principais que serão objeto de debate nos próximos 60 dias. Segundo o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, foi constituída uma comissão técnica tripartite de técnicos do governo, das centrais sindicais e dos empresários para estudar as propostas apresentadas pelos representantes do Fórum. De acordo com Miguel Rossetto, o objetivo é “construir convergências” para a criação de uma agenda para reformas do sistema previdenciário brasileiro.
“A orientação da presidenta Dilma é absolutamente clara: ampliar ao máximo o debate com a sociedade no Fórum nesses 60 dias”, garantiu. Segundo Rossetto, as mudanças estruturais na sociedade brasileira, como o aumento da expectativa de vida da população, devem ser analisadas e as conquistas sociais devem ser preservadas.
“As nossas iniciativas devem ser no sentido de preservar este modelo e garantir sustentabilidade financeira no médio e longo prazos. As mudanças são determinadas pelas modificações estruturais da sociedade brasileira e são conquistas da sociedade brasileira. Nós temos que entender que isso impacta no funcionamento e no financiamento dos sistemas previdenciários”, analisou o ministro.
Ainda segundo o ministro Miguel Rossetto, a presidenta Dilma Rousseff e o governo avaliam que essas mudanças não têm implicação de curto prazo, mas são mudanças fundamentais e que precisam ser construídas por meio do diálogo. “Nesses próximos 60 dias, vamos debater muito, de uma forma aberta, transparente, acolhendo sugestões, escutando novas propostas das centrais sindicais, da representação empresarial, dos parlamentares, e criar uma base forte e sólida para que o governo possa, a partir desses 60 dias, tomar iniciativa e encaminhar, para análise do Congresso Nacional, medidas para a Previdência Social brasileira”, finalizou.
Fonte: Blog do Planalto