Governo entrega equipamentos para lavanderias comunitárias de Salvador

O trabalho manual desenvolvido por lavadeiras passa a ter o apoio da tecnologia. Cinco lavanderias comunitárias da capital baiana, que chegam a lavar diariamente trezentas peças de roupas, receberam da gestão estadual máquinas de lavar, refrigeradores e material gráfico de divulgação, na manhã desta terça-feira (27), na sede da lavanderia Santa Luzia, no Engenho Velho de Brotas. Ao todo, setenta lavadeiras foram beneficiadas com o incentivo ao desenvolvimento social e econômico.

“A maioria de nós cresceu lavando roupa, sustentou a família com a renda obtida através do nosso trabalho. Mas a idade vai chegando e a quantidade de peças de roupa vai aumentando. Os equipamentos são muito importantes para a gente manter a qualidade e aumentar a rapidez, com mais qualidade de vida”, afirmou a lavadeira Edelzuíta Silva Santos.

Das oito lavanderias comunitárias que funcionam em Salvador, a Aristides Novis (Dique do Tororó), Cardeal da Silva (Cosme de Farias), Julieta Calmon (Boca do Rio), Nossa Senhora de Fátima (Alto das Pombas) e Santa Luzia (Engenho Velho de Brotas) foram as contempladas. As três restantes serão beneficiadas com o próprio lote de equipamentos, que incluem secadoras de roupas a gás e bebedouros.

Adquiridos com recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), os equipamentos fazem parte do projeto Lavadeiras Ampliando Horizontes, uma iniciativa da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), em parceria com as secretarias do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e de Política para Mulheres (SPM).

“São mulheres chefes de família que sempre ganharam a vida com braços firmes. Os equipamentos foram entregues para melhorar o trabalho e proporcionar mudança social. Minha mãe foi lavadeira e me deu a oportunidade de estudar e crescer na vida. Todas elas podem seguir outros caminhos de crescimento”, destaca a secretária de Política para Mulheres, Olívia Santana.

Marli Barreto é uma das veteranas da lavanderia do Engenho Velho da Federação. Aprendeu o ofício com a mãe, e desde então passou a utilizar a habilidade para juntar dinheiro e investir na educação de João Victor, seu único filho. “Meu filho estuda em escola particular. Ele é o único filho de lavadeira lá. Mas quem disse que apenas filhos de médicos e advogados podem estudar em escola boa? Quero que ele seja um homem de bem e cresça na vida”, afirma Marli.

Para João Victor, a garra da mãe inspira a acreditar em um futuro grandioso. “Represento a minha escola em modalidades esportivas e quero ser atleta. Tenho muito orgulho de minha mãe. Ela, sem dúvida, é uma inspiração para mim. Olhando para ela vejo que posso chegar onde quiser”, destacou.

Fonte: Ascom.ba

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