Hospital Geral Roberto Santos amplia atendimento de AVC isquêmico

Pioneira na terapia trombolítica do Acidente Vascular Cerebral (AVC) no norte e nordeste, a Unidade de AVC do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) chega ao seu quarto aniversário com ótimos motivos para comemorar. Desde a sua criação, em 14 de maio de 2012, os números não param de crescer. Se 53 pacientes receberam tratamento de AVC isquêmico em todo o ano de 2014, o quantitativo quase dobrou em 2015, passando para 94.

Em 2016, até o mês de março, foram 35 os pacientes atendidos pelos profissionais da instituição. Ao manter a média dos três primeiros meses do ano, a expectativa é de que 140 pessoas sejam tratadas pela unidade especializada. Este número equivale a mais de 250% de aumento, comparado ao registrado no ano de 2014.

O cenário positivo se deve, em grande parte, à reestruturação do atendimento com classificação de risco no HGRS, medida adotada no ano passado. Graças à nova modalidade de assistência, o paciente com sintomas de AVC começa a ser tratado na emergência. Se houver suspeita da doença, os enfermeiros – treinados para esta avaliação – comunicam o quadro à UAVC e, imediatamente, um plantonista é encaminhado ao local.

“O Acidente Vascular Cerebral é a principal causa de morte e incapacidade no Brasil, são seis mil mortes por AVC na Bahia e duas mil delas em Salvador. Apesar dos dados, cabe ressaltar que o atendimento realizado em uma janela de quatro horas reduz as chances de sequelas”, explicou a enfermeira que coordena a unidade, Ludimila Muniz.

Segundo ela, a trombólise – tratamento que tenta dissolver coágulos nos vasos do cérebro – é primordial na fase aguda do AVC isquêmico. “Sintomas como fala embolada, boca torta, diminuição da força, cefaleia intensa e déficit visual e de equilíbrio devem ser observados com atenção. Se confirmado o AVC isquêmico, além do tratamento na fase aguda, o acompanhamento clínico, a investigação de causa e a reabilitação precoce precisam ser realizados”.

Estão mais propensas ao Acidente Vascular Cerebral pessoas com hipertensão, diabetes, fumantes, consumidoras de bebidas alcoólicas, sedentárias e obesas. Estes fatores aliados a um dos sintomas descritos pela enfermeira devem ser rapidamente informados ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

A Unidade de AVC do Hospital Roberto Santos conta com 14 leitos equipados para atender os pacientes com a doença, sendo um reservado exclusivamente para urgência. “Com a implantação da unidade de AVC no HGRS e, consequentemente, com a intensificação dos cuidados, muitos pacientes vítimas dessa doença retornaram às suas atividades normalmente. A terapia trombolítica salva vidas e evita sequelas”, avaliou o coordenador médico e idealizador da UAVC, o neurologista Pedro Pereira.

Fonte: Ascom.ba
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