IPCA-15 fecha junho com menor índice para o mês em três anos

Queda nos preços em itens de alimentação e transportes contribuíram para desacelerar alta da inflação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que representa uma prévia da taxa de inflação oficial do País, registrou desaceleração em junho de 0,26 pontos percentuais na comparação com o mês anterior. Neste mês a variação foi de 0,4%, enquanto que em maio foi de 0,86%. Essa foi a menor elevação para junho em três anos, segundo o IBGE.

 De acordo com o levantamento do instituto, o primeiro semestre do ano termina com inflação na casa dos 4,62%, taxa inferior aos 6,28% registrados no mesmo período em 2015. Além disso, entre junho deste ano e o do ano passado, o índice variou 8,98%, taxa inferior aos 9,62% de elevação registrados entre maio de 2015 e 2016.

Produtos

A desaceleração foi puxada especialmente pela redução nos preços do grupo de Alimentação e Bebidas, que teve um aumento de 0,35%. A taxa foi 0,68 pontos percentuais menor do mês anterior. Itens como cenoura (-25,63%), açaí (-9,06%), tomate (-8,10%) e frutas  (-5,43%) ficaram mais baratos.

Também a redução de 0,69% nos preços no setor de Transportes contribuiu para segurar o avanço da inflação. Um dos principais fatores que corroboraram com esse resultado foi a queda de 6,6% no valor do etanol e, consequentemente, no barateamento da gasolina, cujo preço por litro teve diminuição de 1,19%. As passagens aéreas também ficaram 4,11% mais em conta no período.

O IBGE também constatou desaceleração em produtos de grupos como Vestuário, cujos preços passaram de 072% para 0,42%, Saúde e Cuidados Pessoais, que variaram 1,03%, contra 2,54% em maio e Educação, que pulou de uma inflação de 0,29% para 0,06% em junho.

Já a Habitação foi um dos setores que somaram as maiores altas para o mês: 1,13% contra 0,99% em maio, puxado sobretudo pelos reajustes nas cobranças de água e esgoto.

Confira as maiores quedas nos preços de produtos e serviços em junho/2016

Cidades

Entre os índices regionais, o maior foi registrado na região metropolitana de Belo Horizonte, com aumento de 0,81%, pressionado pela taxa de água e esgoto (13,2%), que teve reajuste de 13,9% em maio, e pela energia elétrica, com elevação de 3,8%. Foi a única região em que a inflação de junho superou a de maio. O menor índice registrado foi o de Brasília, único localidade pesquisada a apresentar redução, com queda de 0,02%.

Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 14 de maio a 14 de junho e comparados com aqueles vigentes de 14 de abril a 13 de maio. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

Fonte: Portal Brasil, com informações do IBGE

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