JORGE DO XOTE – BONS PLANOS PARA ESTE ANO

Feirense, nascido e criado na rua professor Leonídio Rocha, entre o Instituto de Educação Gastão Guimarães e a “Chácara do Padre”, onde hoje está a Estação Rodoviária, viveu as alegrias de uma época despreocupada, entre muitas frutas e os babas, nos campos ali existentes. Mas o futebol nunca foi prioridade e, ainda muito cedo, Jorge Alves Santos se sentiu atraído pela música.

Sem maiores explicações, já que seus pais Manoel dos Santos e d. Benedita Celestina Oliveira – Dona Morena, em nada influenciaram, logo estava no programa de calouros de Silvério Silva, na Rádio Sociedade, cantando xotes. Chamou atenção, boa voz, ritmo seguro e jeito de forrozeiro mesmo. Achegaram-se o sanfoneiro Dudu e o zabumbeiro Tião, estava formado um bom trio nordestino.

A necessidade de crescer fez com que o jovem fosse para Salvador, onde obteve graduação em História pela UFBa., e manteve a sua luta pela música ao lado de outras atividades profissionais. Conheceu o sanfoneiro Chaparral e o primo deste, o zabumbeiro Lio, formando o Trio Macaxeira. Sua predileção pelo xote de Jackson do Pandeiro, Trio Nordestino, Luiz Gonzaga e outros, mudou sua vida e até o seu nome.

Sua ausência em algum show gerava sempre a pergunta “cadê o rapaz do xote?” Ai virou “Jorge do Xote”. O primeiro cd, uma experiência, rendeu bons frutos em termos de divulgação e uma das faixas mais tocadas foi Canto Livre, uma poesia do vate feirense Arlindo Rosa, que ele musicou. Mas o segundo deve vir em breve com a força da experiência, seis faixas já estão definidas, algumas letras suas. O ano de 2020 “fechou as portas para a música e as artes, aliás, para quase tudo, inclusive a vida”, diz referindo-se à pandemia.

 Mas, para 2021, além de manter o compromisso de shows nas oito lojas do Supermercado Bem Barato, no período junino, ele planeja lançar um cd e um livro sobre o cangaço, tendo como figura central Lampião, com base em pesquisas, visita em locais referentes à saga e muita leitura sobre o seu tema preferido. Como diz d. Morena, nos seus 94 anos, lúcida e iluminada “na vida temos que saber esperar o tempo certo, pois tudo tem o seu tempo”. É o que Jorge do Xote espera de 2021!

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