Maioria dos casos de microcefalia são oriundos de outros municípios, diz secretaria

Dos 12 casos de microcefalia registrados pela Vigilância Epidemiológica de Feira de Santana, sete são de crianças residentes em outros municípios da região: Amélia Rodrigues, Barrocas, Lamarão, Muritiba, Santo Amaro, Santo Estevão e Taperoá. Os dados constam no Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde na tarde de terça-feira (8). Pela primeira vez, o relatório em que constam números referentes às doenças transmitidas pelo mosquito aedes aegypti traz informações sobre a microcefalia.

De acordo com o boletim, dos casos registrados em Feira de Santana, três foram diagnosticados pós-parto e dois casos intrauterinos. Quanto à sintomatologia quatro casos apresentaram exantema no primeiro trimestre de gestação e um deles a paciente não soube informar. A Vigilância Epidemiológica do Município está acompanhando todos os casos.

ORIENTAÇÕES

Além das medidas preventivas tradicionais, que impedem a reprodução do mosquito aedes aegypti, as mulheres grávidas também devem colocar mosquiteiro sobre a cama e usar repelente à base de citronela. Outro produto que as mulheres devem ter sempre à mão é a raquete que dá descarga elétrica no inseto, quando nele tocada, matando-o imediatamente. Água parada, sempre usada pelo mosquito como depósito dos seus ovos, deve ser evitada.

A enfermeira Maricélia Maia, referência da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Feira de Santana, usa parte de um antigo e eficiente ditado popular para definir a situação: “É melhor prevenir”, afirma. A outra parte do adágio, que é remediar, no caso de microcefalia, não existe. “Na desconfiança é melhor que as mulheres grávidas tomem suas medidas preventivas pessoais. Todo cuidado é pouco”.

Desconfia-se que o problema surge no primeiro trimestre de gravidez. O vírus passa da mãe para o filho através da placenta. “Mas a mulher deve procurar orientação médica”, orienta a enfermeira.

CHIKUNGUNYA, DENGUE E ZIKA

De acordo com dados do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde, até a última semana foram registrados 4.081 casos suspeitos de chikungunya em 2015, e destes, 18 (0,44%) casos confirmados pelo critério laboratorial e 3.270 (80,12%) casos confirmados pelo critério clínico epidemiológico. Com relação às manifestações clínicas, ocorrência por sexo e faixa etária, os dados permanecem semelhantes aos de 2014.

Já em relação à dengue foram notificados 2.664 casos suspeitos este ano, confirmados 1.454 (54,57%), sendo quatro (0,15%) confirmados como dengue grave e cinco (0,18%) confirmados como dengue com sinais de alarme. Com relação à ocorrência por sexo e faixa etária, os dados permanecem semelhantes aos de 2014. Os bairros com maior número de notificações foram: Parque Ipê, Distrito de Humildes, George Américo, Jardim Cruzeiro, Campo Limpo, Rua Nova, Mangabeira, Sobradinho, Tomba, Sítio Novo, Gabriela, Cidade Nova, Queimadinha, Conjunto Feira X e Brasília.

Quanto ao vírus Zika, que provoca uma doença cujos sintomas se assemelham aos da dengue e chikungunya, porém com algumas características clínicas direfentes (febril ou com febre de baixa intensidade e um exantema morbiliforme predominante na grande maioria dos casos), foram registrados 1.478 casos suspeitos, onde a predominância da faixa etária mais acometida está entre 20 a 49 anos com 696 (47,09%) casos suspeitos e o sexo feminino com 987 (66,77%) casos suspeitos. As localidades com maior incidência são: distrito de Humildes, Campo Limpo, Parque Ipê, Cidade Nova, Liberdade, George Américo, Tomba, Jardim Cruzeiro, Mangabeira, Limoeiro, Queimadinha, Parque Panorama, Sobradinho, Fraternidade e Brasília.

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