Número de casos de microcefalia dobra na Bahia
A Bahia tem 112 casos suspeitos de microcefalia. A informação foi divulgada na manhã desta sexta-feira (4) pelo governo do Estado. Segundo os dados, as notificações foram registradas até a última terça-feira (1º) em 34 municípios. Até agora, 26 casos da condição neurológica foram confirmados. Desse total, seis bebês já morreram nos municípios de Salvador, Itapetinga, Olindina, Tanhaçú, Camaçari e Itabuna.
Segundo o governo, o número foi atualizado seguindo o padrão estabelecido até esta quinta-feira (3) pelo Ministério da Saúde, no qual considera bebês com microcefalia aquele que tenham perímetro cefálico igual ou inferior a 33 centímetros.
Salvador é a cidade com o maior número de casos notificados, com 69. Em seguida aparece Feira de Santana com quatro e Lauro de Freitas também com quarto. A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), os casos notificados como suspeitos estão sendo investigados e classificados, seguindo a orientação da Secretaria de Vigilância em Saúde, órgão ligado ao Ministério da Saúde.
Até o dia 28 de novembro, o último boletim do Ministério da Saúde considerava apenas 37 casos suspeitos em todo o estado, deixando a Bahia na 6ª posição no país. Dessas notificações, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) confirmou que 13 casos eram microcefalia. O dado era o mesmo fornecido do dia 12 de novembro, quando foi divulgado o primeiro boletim sobre a doença.
Por conta do aumento nos casos, o governo criou o Centro de Operações de Emergências em Saúde que começa a funcionar na próxima semana. A iniciativa é para atender às necessidades de produção e atualização de informações sobre o quadro epidemiológico baiano. O Centro também vai auxiliar a estabelecer medidas de vigilância, controle e atenção em todo o estado. Com isso, o centro será responsável por enviar equipes para auxiliar os municípios na investigação em campo, clínica e laboratorial.
Segundo o secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, a equipe criará um plano para controle das microcefalias e redução dos agravos. “Caso necessário, o envio de recursos adicionais será realizado”, afirma Vilas-Boas, lembrando que está em produção uma campanha de mobilização envolvendo a população e os gestores municipais.
O Centro de Operações de Emergências será coordenado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) e conta com participação de outros órgão do governo, Ministério da Saúde, além de especialistas.
FONTE: Correio