Pesquisa realizada em Feira é reconhecida internacionalmente

Cerca de 15 a 20 por cento das pessoas que fazem o tratamento com a quimioterapia passam a ter problemas no coração. O dado apresentado durante o 4º Congresso Mundial de Ecocardiografia e o 7º Congresso Brasileiro de Imagem Cardiovascular rendeu prêmio à Feira de Santana como melhor trabalho científico, concorrendo com pesquisas realizadas em diversos países da América do Sul.

Coordenado pelo cardiologista André Almeida, o Grupo de Pesquisa em Cardiooncologia de Feira de Santana acompanhou 100 pacientes com câncer desde o ano de 2011, todos do Sistema Único de Saúde (SUS), em tratamento oncológico no Hospital Dom Pedro de Alcântara. “A quimioterapia tem sua indicação precisa, os resultados são absolutamente favoráveis, mas possui alguns afeitos colaterais, e esses efeitos colaterais no coração devem ser identificados porque eles também tem como ser tratados para diminuir as chances de complicações cardíacas”, explicou o médico.

De acordo com André Almeida, o acompanhamento com o cardiologista deve acontecer com maior brevidade possível. “Desde o início do tratamento, é necessário que o paciente busque o cardiologista para que medidas adequadas sejam tomadas, reduzindo as chances do tratamento oncológico trazer problemas para o coração”.

O médico alerta que o objetivo da pesquisa não é parar a quimioterapia. “O objetivo do cardiologista é estar próximo ao oncologista para oferecer o melhor tratamento possível para pessoa com câncer”, esclarece.

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