Preparação antecipada facilita declaração do Imposto de Renda.

Para não cair na malha fina, evite digitação incorreta de números e valores, omissão de rendimentos e despesas incompatíveis com a renda declarada, por exemplo.

Crédito: Divulgação

Com a proximidade do período de declaração do Imposto de Renda, a organização antecipada pode fazer toda a diferença para evitar contratempos e até mesmo cair na malha fina. A principal vantagem de se planejar é reduzir riscos. Além disso, ao se organizar com antecedência, há mais tempo para corrigir qualquer inconsistência. 

“Outro ponto é que quanto mais organizado você está mais você consegue se antecipar e enviar a declaração. E quanto mais você se antecipa, por exemplo, se tiver direito à restituição, você consegue usufruir desse direito antes daqueles que acabam deixando para a última hora”, observa Emily Góes, coordenadora dos cursos da área de Gestão e Negócios da Universidade Salvador (UNIFACS). 

Para facilitar o processo, é fundamental reunir a documentação. A docente lembra: “tudo o que envolve rendimento, pagamentos e patrimônio deve ser comprovado, pois são informações obrigatórias na declaração”. São exemplos: CPF, RG e comprovante de residência; comprovantes de posse de imóveis, terrenos, heranças e investimentos; comprovantes de salários, extratos bancários e informes de rendimento de bancos e empresas e comprovantes de despesas dedutíveis. 

O que pode reduzir o imposto a pagar? 

Plano de saúde, seguros, pensão alimentícia e previdência privada são consideradas despesas dedutíveis, ou seja, podem ser abatidos do imposto devido. No entanto, Emily Góes alerta para um erro comum: declarar como dependente alguém que não se enquadra nos critérios da Receita Federal. 

“Não é simplesmente quem mora com você ou para quem eu pago uma despesa. Filhos em idade legal de dependência e pessoas que possuam laudos médicos que atestem dependência podem ser incluídas, mas um filho fora dessas condições, por exemplo, não se encaixa nessa categoria”, esclarece. 

Erros que podem levar à malha fina 

Para não cair na malha fina, a professora Emily Góes alerta sobre erros comuns que devem ser evitados. Entre eles, estão: digitação incorreta de números e valores; omissão de rendimentos (já que o sistema cruza informações); despesas incompatíveis com a renda declarada e falta de registro de bens no patrimônio. 

“Se alguém omite um veículo na declaração e o vende no ano seguinte, como justificar a entrada do valor na conta bancária? Como é que a pessoa está vendendo um bem que nunca declarou? Como explicar essa origem agora? Então é preciso, de fato, ser o mais fidedigno possível. Isso faz com que os riscos de cair na malha fina diminuam consideravelmente”, frisa a especialista.

* Fonte: DANIELA PASSOS / GRAZIELLA GARCIA – Comunicativa Associados.

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