Saúde suplementar discute enfrentamento da microcefalia
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reuniu nesta quarta-feira (24/02), no Rio de Janeiro, os integrantes do Comitê Permanente de Regulação da Atenção à Saúde (Cosaúde) para discutir as medidas de controle e enfrentamento do vírus zika e as ocorrências de microcefalia a ele relacionadas. Cerca de 15 instituições participaram, entre representantes de operadoras de planos de saúde, prestadores de serviços e órgãos de defesa do consumidor. No encontro, a ANS anunciou a criação de um grupo técnico específico para debater a incorporação de exames para detecção do vírus zika no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. Os detalhes serão discutidos em nova reunião que será realizada no início de março.
A Agência também detalhou as medidas que estão sendo tomadas junto às operadoras e à população em geral para a prevenção e o combate ao mosquito Aedes aegypti, agente transmissor da zika, dengue e chikungunya. Para o diretor-presidente da ANS, José Carlos Abrahão, é fundamental a disseminação de informações qualificadas, capazes de dar tranquilidade e segurança à população, num momento em que ainda pairam muitas incertezas em relação ao vírus e suas consequências. “Reunimos este grupo, que é estratégico para a saúde, a fim de promover uma discussão técnica, segura e de qualidade em prol da sociedade, buscando o alinhamento das informações e a colaboração para o enfrentamento dessa situação crítica que o país está vivendo”, destacou o dirigente.
Representantes do Ministério da Saúde apresentaram as informações mais atualizadas sobre as notificações de casos da microcefalia em todo o país e as diretrizes de vigilância, prevenção e cuidado à saúde. Giovanny França, da Secretaria em Vigilância em Saúde (SVS/MS), detalhou os eixos do Plano Nacional de Enfrentamento do Aedes Aegypti e da Microcefalia e aspectos epidemiológicos relacionados ao vírus zika. Maria Inês Gadelha, da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS/MS), explicou as diretrizes de cuidado à população estabelecidas no protocolo de atendimento às mulheres, gestantes, puérperas e bebês com microcefalia.
Segundo o mais recente informe epidemiológico divulgado pelo ministério, há 583 notificações confirmadas para microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita, dos quais 67 casos confirmados por critério laboratorial específico para o vírus zika. Esses casos ocorreram em 235 municípios, localizados em 16 unidades da federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Rondônia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Página com informações sobre as doenças – A ANS publicará nesta quinta-feira, em seu portal na internet, uma página específica para divulgar informações sobre prevenção e combate ao Aedes aegypti e às doenças transmitidas e/ou relacionadas ao mosquito. O material segue as orientações e diretrizes do Ministério da Saúde e contém informações específicas sobre o setor de saúde suplementar – incluindo ações que estão sendo executadas pelas operadoras de planos de saúde para enfrentamento da situação.
“Essa é uma ferramenta que ajudará a disseminar informações confiáveis e relevantes para os profissionais de saúde e a população em geral. Ali estamos disponibilizando, de forma concisa e com uma linguagem acessível, os protocolos e diretrizes do Ministério da Saúde, orientações específicas às gestantes e também dados relacionados ao setor de saúde suplementar”, destacou Abrahão.