SEI divulga Pesquisa de Emprego e Desemprego no segmento da população negra

A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) divulgou, nesta terça-feira (14), o resultado da Pesquisa de Emprego e Desemprego no segmento da inserção da população negra no mercado de trabalho na Região Metropolitana de Salvador (PED-RMS). A Pesquisa demonstra que a parcela negra continua elevando sua participação na População Economicamente Ativa (PEA), ao passar de 92,3% para 92,8%, entre 2015 e 2016. A Pesquisa de Emprego e Desemprego é analisada pela SEI em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a Fundação Seade do Estado de São Paulo, a Secretaria de Trabalho do Estado da Bahia (Setre), e conta com o apoio do Fundo de Amparo ao Trabalhador do Ministério do Trabalho.

A população negra também expandiu sua representação no contingente de ocupados, de 92,0% para 92,4%, e, em menor magnitude, aumentou a sua parcela entre os desempregados, de 93,6% para 93,8%. Com isso, permanece a histórica sobrerrepresentação dos negros no contingente de desempregados. As pequenas melhorias verificadas na inserção da população negra nos últimos anos foram duramente atingidas pela crise econômica recente. De um modo geral, as taxas de desemprego se elevaram intensamente e o rendimento caiu em 2016. No caso das mulheres negras, os indicadores apontam impacto menos intenso já que foram relativamente menos penalizadas, frente aos demais grupos, com o aumento na taxa de desemprego e com o declínio no nível ocupacional e no rendimento médio real.

As mulheres negras aumentam seus espaços 

Em 2016, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), a População Economicamente Ativa (PEA) cresceu em 47 mil pessoas em relação a 2015, ao passar de 1.845 pessoas mil para 1.892 mil. Esse resultado está relacionado com o comportamento da população negra, cujo contingente no mercado de trabalho voltou a crescer (52 mil pessoas ou 3,0%), enquanto a população não negra, pelo contrário, reduziu (-5 mil pessoas ou -3,4%). O crescimento da força de trabalho negra decorreu, principalmente, do aumento da presença das mulheres no mercado de trabalho, com acréscimo de 32 mil pessoas e, em menor número, do incremento do contingente masculino que também cresceu (19 mil). Apesar do decréscimo da PEA não negra ter ocorrido para ambos os sexos, ele foi maior entre os homens (-4,6%) que entre as mulheres (-2,0%).

Conquanto tenha havido crescimento da PEA em 2016, o número de pessoas ocupadas na RMS diminuiu pelo segundo ano consecutivo. Dessa vez foram fechados 64 mil postos de trabalho, de modo a acumular no biênio um desaparecimento de 109 mil posições ocupacionais.

O nível de ocupação reduziu-se relativamente mais para os não negros (-9,3% ou -11 mil postos de trabalho) do que para os negros (-3,8% ou -53 mil postos) entre 2015 e 2016. O impacto foi semelhante para ambos os sexos entre não negros, com perda de 9,2% dos postos de trabalho pelas mulheres (-5 mil postos) e 9,4% dos pelos homens (-6 mil postos). Na população negra o fechamento de postos de trabalho atingiu mais a população masculina (-4,5% ou 33 mil postos) que a feminina (-3,1% ou 20 mil).

Com crescimento da PEA e redução da ocupação, o contingente de desempregados na RMS cresceu 32,2% (111 mil pessoas) elevando o número de pessoas nessa condição a 456 mil. Na população negra, o contingente de desempregados cresceu em 105 mil pessoas (32,4%), das quais metade do sexo masculino (cujo contingente aumentou 33,9%) e a outra metade, feminino (30,9%). O aumento do contingente de desempregados entre não negros foi menos intenso (6 mil pessoas), em função da menor expressão populacional e menor vulnerabilidade do segmento. Entre os não negros o contingente masculino aumentou 25,6% e o feminino 32,3%.

O crescimento maior do número de desempregados em relação a PEA provocou aumento da taxa de desemprego total, que passou de 18,7%, em 2015, para 24,1%, em 2016. Embora a taxa de desemprego total da população negra persista mais elevada que a da população não negra, ambas cresceram pouco mais que cinco pontos percentuais no período: entre os negros, o aumento foi de 5,5 pontos percentuais, com a taxa de desemprego total evoluindo de 18,9%, em 2015, para 24,4%, em 2016; e, entre não negros, 5,3 pontos, passando de 15,5% para 20,8%, respectivamente.

Entre os negros, a taxa de desemprego dos homens e mulheres também aumentou: 5,5 pontos percentuais para as mulheres, passando de 20,7% para 26,2%; e para os homens 5,4 pontos, ao evoluir de 17,3% para 22,7%. Entre os não negros, a evolução da taxa de desemprego total penalizou mais as mulheres com um acréscimo de 6,2 pontos percentuais (de 17,4% para 23,6%), enquanto avançou 4,4 pontos entre os homens (de 13,7% para 18,1%).

A participação da população negra é amplamente majoritária na população total da RMS e sua expressão na População em Idade Ativa vem aumentando ao longo dos últimos anos. No mercado de trabalho, o peso relativo dos negros na PEA cresceu anualmente, passando de 89,0% em 2011 a 92,4% em 2014, permanecendo praticamente estável em 2015, e elevando-se novamente em 2016, quando chegou a 92,8%. Nesse último ano a população negra respondeu por 92,4% dos ocupados e 93,8% dos desempregados. Mantém-se, portanto, uma situação desvantajosa para a população negra no mercado de trabalho, colocando-a em sobre representação no desemprego e em sub-representação entre os ocupados.

Em relação às mulheres negras, convém destacar que embora persistam em uma posição desigual em relação aos demais segmentos de raça ou cor e gênero, o aumento de sua presença na PEA em 2016 se fez acompanhar de aumento da proporção ocupada e pequena diminuição na parcela de pessoas na condição de desemprego. Com efeito, a parcela de mulheres negras na PEA evoluiu entre 2015 e 2016 de 43,9% para 44,5%, entre os ocupados de 42,8% para 43,3% e, entre desempregados, de 48,8% para 48,4%, respectivamente.

Declínio da ocupação da população negra foi relativamente menor – A redução de 64 mil postos de trabalho na RMS em 2016, representou o segundo ano consecutivo de diminuição da ocupação. O declínio de 4,3% no nível da ocupação atingiu, com intensidades diferentes, todos os setores da atividade econômica local, penalizando relativamente mais a Indústria de transformação (-12,4% ou -15 mil postos de trabalho) e o segmento de Construção (-8,9% ou -11 mil postos), mas tendo também impacto considerável nos Serviços (-3,2% ou -30 mil postos) e no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-2,3% ou -6 mil postos).

Em termos relativos, entre 2015 e 2016 os não negros perderam 9,3% dos postos de trabalho, em face de 3,8% dos postos perdidos pela população negra (-11 mil e -53 mil postos de trabalho, respectivamente). Entre os negros, houve forte redução do nível de ocupação tanto para os homens quanto para as mulheres (-32 mil postos para ambos). Para não negros, houve declínios semelhantes para as mulheres (-5 mil) e para os homens (-6mil).

Para os negros, o nível de ocupação nos setores de atividade movimentou-se na mesma direção que a ocupação em geral, isto é, declínio generalizado por todos os segmentos pesquisados, sendo mais intenso, proporcionalmente, na Indústria de transformação (-12,1% ou -14 mil postos) e na Construção (-8,3% ou -10 mil) que nos segmentos de Serviços (-2,9% ou -25 mil postos) e no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-1,8% ou -5 mil postos).

O decréscimo do nível de ocupação das mulheres negras em 2016 também atingiu todos os setores possíveis de observação: na Indústria de Transformação (-16,3% ou -5 mil postos) e no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-3,1% ou -3 mil) e nos Serviços (-2,2 ou -11 mil). A reduzida participação das mulheres não permitiu mensuração na Construção. Entre os homens negros as perdas também foram grandes e generalizadas por toda a estrutura setorial da ocupação: na Indústria de transformação (-10,4% ou -9 mil postos), na Construção (-9,5% ou 11 mil) e nos Serviços (-3,7% ou -14 mil), no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas houve relativa estabilidade (-0,7% ou -1 mil).

O reduzido contingente de população não negra da RMS dificulta a observação da evolução da sua estrutura ocupacional nos dois últimos anos na Indústria de Transformação e na Construção. Para os setores em que a amostra permite análise, houve decréscimo do nível de ocupação nos Serviços (-8,7% ou -7 mil postos) e no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-5,5% ou -1 mil). Houve redução da ocupação feminina nos Serviços (-9,1% ou -4 mil pessoas) e relativa estabilidade no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-0,4%). O decréscimo da ocupação masculina se deu no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-9,8% ou -1 mil pessoas) e nos Serviços (-8,3% ou -3 mil).

A intensa crise do mercado de trabalho da RMS impactou na distribuição setorial da ocupação: a Indústria de transformação e a Construção perderam expressão na distribuição do emprego (8,2% para 7,5% da ocupação no primeiro caso e 8,3% para 7,9%, no segundo) enquanto ganharam espaço o Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (de 19,1% para 19,5%) e os Serviços (62,5% para 63,2%). Esse fenômeno é replicado para a população negra de um modo geral e, particularmente, para os homens negros, enquanto que entre as mulheres negras não se observa avanço na expressão do Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas na estrutura ocupacional. Nos dois segmentos em que se pode analisar a evolução da estrutura setorial da ocupação dos não negros, houve ganho relativo de expressão do Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas e dos Serviços, na análise por sexo observa-se que as mulheres não logram ampliar a importância dos Serviços e os homens no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas.

A jornada semanal média no trabalho principal na RMS não se alterou em 2016: 41 horas, embora tenha crescido em 1 hora no setor de Construção, de 41 horas para 42 horas. Nos demais segmentos a jornada permaneceu estável, com o Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas registrando a jornada maior em toda a estrutura setorial (43 horas semanais, em média). A população negra (41 horas) e não negra (40 horas) mantiveram a jornada média do ano anterior para o total de ocupados,. Entre os setores de atividade com informação disponível, negros e não negros têm jornadas semelhantes no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas e não negros têm jornadas menores nos Serviços (40 horas semanais e 39 horas, respectivamente).

As mulheres negras tiveram redução na jornada (de 39 para 38 horas), possivelmente em decorrência de decréscimo na Construção, uma vez que nos demais setores houve estabilidade em relação a 2015. Em todos os setores de atividade a jornada média dos homens foi maior que a das mulheres, e os homens negros eram o segmento com maior jornada semanal (43 horas de trabalho por semana).

Para os homens não negros, o número médio de horas trabalhadas na semana diminuiu em uma hora (41 horas), fenômeno que ocorreu tanto no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas quanto nos Serviços. Entre as mulheres não negras, a jornada média no trabalho principal aumentou em uma hora no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas e ficou estável nos Serviços.

Diminui o assalariamento na estrutura ocupacional da população negra – Em 2016, o nível de ocupação da população negra sofreu outra redução, em proporção mais intensa que no ano anterior. O declínio atual foi em decorrência da redução de postos de trabalho entre os Assalariados (-5,5% ou menos -52 mil postos) e, em menor medida, entre os Autônomos (-3,3% ou -8 mil). Por outro lado, houve pequena geração de postos de trabalho no agregado “Demais posições”, envolvendo empregadores, trabalhadores familiares, profissionais universitários autônomos, donos de negócio familiar, etc. (6,7% ou 4 mil postos) e no Emprego Doméstico (2,1% ou 2 mil).

O nível ocupacional da população não negra diminuiu, proporcionalmente, em ritmo mais intenso no trabalho Assalariado (-10,2% ou -12 mil postos), e praticamente não variou no trabalho Autônomo (5,7% ou 1 mil pessoas). A amostra da pesquisa não comportou a desagregação do contingente não negro no Trabalho Doméstico e nas Demais Posições. O decréscimo do emprego para não negros, atingiu mais fortemente os homens (-6,3%) que as mulheres (-4,4%), e entre os não negros, de modo oposto, penalizou mais as mulheres (-11,1%) que os homens (-9,3%).

No trabalho assalariado, o número de trabalhadores negros ocupados decresceu no setor privado (-4,4% ou -36 mil postos), onde houve redução para os homens (-5,3%) e entre mulheres (3,2%). O mesmo ocorreu no setor público onde houve declínio no número de negros empregados (-11,6% ou 16 mil postos), com redução mais intensa para homens (13,3%) que para mulheres (10,0%). Para população não negra, também houve redução no número de postos de trabalho no setor privado (-4,6% ou -3 mil), no entanto, a amostra não possibilitou desagregar as informações para essa população no Setor Público.

No setor privado, o decréscimo do nível de emprego da população negra foi mais intenso entre os com carteira de trabalho assinada (-4,5%) que entre os sem registro em carteira (-3,8%). Entre os com carteira, a redução da ocupação atingiu mais homens (-5,6%) que as mulheres (-2,8%). De modo contrário, o declínio no emprego sem carteira assinada afetou mais as mulheres (-5,9%) que os homens (-3,0%).

No Trabalho Autônomo dos negros, houve redução entre as mulheres (-6,9%) e, de modo menos intenso, entre os homens (-1,3%). No segmento que agrega as Demais Posições, que inclui empregadores, profissionais universitários autônomos, donos de negócios familiares, trabalhadores familiares sem remuneração, etc., houve intensa geração de postos de trabalho para as mulheres (13,9%) e, em menor proporção, entre os homens (3,1%). Já, no emprego doméstico, onde a desagregação só é possível para as mulheres negras, ainda que em pequena magnitude, também se constatou aumento do nível ocupacional para esse grupo (1,0%).

Em que pese o fato das variações nas estruturas ocupacionais terem provocado pequenas alterações na distribuição da ocupação de negros e de não negros em 2016, o assalariamento manteve sua importância como forma predominante de relação de trabalho, tanto para negros quanto para não negros. Contudo, enquanto o emprego assalariado no setor privado reduziu discretamente sua expressão relativa na ocupação da população negra (59,1% em 2014 e 58,7% em 2015) e o assalariamento no setor público diminuiu sua importância de modo mais intenso (de 9,8% para 9,0%), entre não negros ocorreu o contrário: houve aumento da participação do emprego no setor privado (de 58,2% para 61,5%), todavia, não há informação disponível para esse grupo no setor público.

O trabalho autônomo manteve quase inalterado seu peso na estrutura ocupacional dos negros (18,5% em 2015 para 18,6% em 2016), enquanto elevou sua importância para não negros (de 17,0% para 19,9%).

Declínio do rendimento atingiu menos as mulheres negras – Pelo segundo ano consecutivo, o rendimento médio real dos ocupados da RMS decresceu. Essa redução foi mais intensa em 2016 (-8,2%) que em 2015 (2,8%). Setorialmente, essa retração refletiu as perdas ocorridas em todos os setores de atividade: Serviços (-8,3%), Comércio e reparação (-8,0%), Indústria de Transformação (-6,8%) e Construção (-5,9%).

Assim como no anterior, em 2016, apesar da perda de rendimentos ter atingido ambos os grupos de raça/cor, foi mais intenso para a população não negra, cujo rendimento declinou 18,2%, enquanto a retração para a parcela negra ocupada foi de 7,1%. O declínio no rendimento médio dos ocupados da RMS atingiu em proporções maiores e idênticas os homens (-18,6%) e mulheres (-18,6%) não negros, e de modo menos intenso os homens (-8,8%) e as mulheres (-4,6%) negros.

Setorialmente, o setor de Serviços é o único possível de desagregação para a população não negra, dessa forma, só esse setor é comparável entre os dois grupos étnicos. Também nesse caso, ainda que ambos os grupos tenham tido perda, a população não negra foi mais intensamente atingida, com declínio de 18,9% no valor do seu rendimento médio real, enquanto a redução entre os negros foi de 7,2%. Na análise por sexo, as mulheres negras tiveram perda menor (-4,3%), os homens não negros tiveram maior decréscimo (-19,0%), seguidos dos homens negros (-10,0%). A amostra não possibilitou desagregação desse indicador para as mulheres não negras.

No assalariamento, do mesmo modo que para os ocupados em geral, o decréscimo do rendimento médio real atingiu todos os grupos, porém, de modo menos intenso a população negra e, em especial as mulheres negras.

Historicamente, o rendimento médio real da população negra é menor que o da não negra, essa situação se confirma principalmente para as mulheres negras que aufere os menores rendimentos médios entre os grupos de raça/cor e sexo. Em 2016, pelo segundo ano consecutivo, o hiato entre rendimentos de negros e não negros diminuiu. Em ambos os anos, pelo fato das perdas ocorridas para o segundo grupo terem sido bem mais intensas que as do primeiro. Entre 2015 e 2016, o rendimento médio real mensal dos negros declinou de R$ 1.488 para R$ 1.382 e o dos não negros de R$ 1.896 para 1.550. No grupo dos negros, as mulheres diminuíram seu rendimento, no período, de R$ 1.308 para R$ 1.248 e os homens diminuíram de R$ 1.663 para R$ 1.516. No grupo dos não negros, as mulheres reduziram seu rendimento de R$ 1.653 para R$ 1.345 e os homens de R$ 2.143 para R$ 1.745.

Um importante indicador para a análise é o rendimento médio real por hora de trabalho, dado que esse indicador elimina as distorções apresentadas no rendimento mensal devido às discrepâncias entre as jornadas de trabalho de cada grupo. A variação do rendimento médio real por hora trabalhada mostra movimentos idênticos aos da análise do rendimento mensal, todavia, para as mulheres negras e para os homens não negros, como houve redução de 1 hora na jornada média semanal, o resultado mensal mostrou declínio de rendimento maior que o observado no rendimento médio por hora de trabalho.

Como os não negros, independente do sexo, tiveram decréscimos nos rendimentos superiores aos observados entre os negros, a distância entre os rendimentos desses dois grupos diminuiu. Tomando como parâmetro o maior rendimento/hora, referente aos homens não negros, observa-se que as mulheres negras auferiam 65,7% desse rendimento em 2015 e passaram a auferir 77,2%, em 2016. Os homens negros recebiam 75,8% do rendimento médio do homem não negro em 2015, e passaram a receber 82,8% em 2016. Por fim, para as mulheres não negras, houve aumento do hiato em relação ao rendimento dos homens não negros, no período, ao passar de 85,3% para 83,2%.

Cabe destacar que, mesmo que o segmento negro da população tenha passado a auferir parcela maior do valor recebido pelo homem não negro, a distância ainda é considerável e, além disso, esse movimento se deu num contexto onde todos perderam rendimento.

Fonte: Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI)

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