Casas fechadas no período de veraneio dificultam trabalho dos agentes de endemias

No verão o mosquito aedes aegypti encontra condições ainda mais favoráveis para se reproduzir: as altas temperaturas associadas às chuvas constantes. E é justamente nesse período, que os agentes de endemias mais encontram dificuldades para entrar nos imóveis. Por conta das férias, as famílias viajam e deixam as residências fechadas.
“Nos meses de janeiro e fevereiro há uma tendência de notificação de novos casos, que é justamente o período em que as famílias viajam e deixam os imóveis fechados”, afirma o coordenador de Endemias, Edilson Matos, acrescentando que “nem todos ao deixar suas residências têm a preocupação em verificar se deixou focos para o mosquito se reproduzir”.
Segundo ele, algumas medidas são importantes no combate ao aedes. “A recomendação é não deixar água acumulada, deixar o quintal limpo, recolhendo pneus, garrafas, vasilhames e outros objetos que sirvam de criadouro para o mosquito e colocá-los a disposição da coleta e fechar com tampas as caixas d’água”, cita.
De acordo com Edilson Matos, 90% dos focos do mosquito são encontrados nos domicílios. “Lajes e calhas de telhados também devem ser observadas, para evitar o acúmulo de água da chuva”, adverte. O aedes aegypti é o principal vetor de transmissão da dengue, febre chikungunya e zika vírus.
Disque Dengue
O coordenador de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde afirma que os agentes têm intensificado os trabalhos de bloqueio inclusive nos finais de semana. Nos sábados e domingos, eles atendem as denúncias que chegam através do Disque Dengue (0800- 284.66.56) ou retornam aos imóveis que tiveram dificuldades para entrar e realizar o trabalho de eliminação de possíveis focos.
“Vamos até o imóvel fechado, conversamos com vizinhos até para saber se o morador não deixou a chave, e como medida de prevenção, utilizamos a bomba costal motorizada borrifando toda a área com inseticida”, esclarece Edilson Matos. Somente em 2016, o serviço do Disque Dengue recebeu 925 denúncias. Neste ano, já são 34 chamados.
A chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica, Francisca Lúcia Oliveira, ressalta que as ações de combate ao aedes aegypti ganharam reforço no município com o trabalho de orientação dos agentes comunitários de saúde e também através da operação Bota Fora, desenvolvida pela Secretaria de Serviços Públicos, que consiste em recolher materiais inservíveis das residências. Nos últimos dias, foram desenvolvidas ações nos bairros Serraria Brasil, Brasília, Irmã Dulce, Luís Eduardo Magalhães e no distrito da Matinha, onde foi realizado o bloqueio.
“A Secretaria de Saúde realiza no município um trabalho constante de combate ao aedes aegypti, com visitas domiciliares, ações educativas e realizando o tratamento focal e perifocal no combate ao vetor”, afirma. Francisca Lúcia também chama atenção com relação à febre amarela que pode ser transmitida pelo aedes. “Por isso é importante que a população redobre os cuidados”.
 Fonte: PMFS
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