Combate ao câncer: Dezembro Laranja acende alerta para os cuidados com a pele.

Campanha busca conscientizar a população sobre os riscos do excesso de exposição à radiação solar.

Crédito: Divulgação

Os dias bem quentes e de muito sol chegaram antes mesmo do início do verão. Com as ondas de calor presentes em várias regiões nos últimos meses, os sinais de alerta para os cuidados com a saúde da pele tornaram-se ainda mais evidentes. No intuito de reforçar a necessidade da prevenção e detecção precoce do câncer que atinge o maior órgão do corpo humano, o Dezembro Laranja chama atenção da população em relação aos fatores que levam ao desenvolvimento da doença, sintomas, meios de diagnóstico e medidas de proteção.  

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil pode contabilizar mais de 220 mil novos casos por ano entre o período de 2023 e 2025. Na Bahia, a estimativa é de 10.530 ocorrências a cada ano. Considerado o mais recorrente, o câncer de pele corresponde a 30% dos tumores malignos registrados em todo o país.  

A dermatologista do Mater Dei EMEC e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), Louise Chateaubriand, lembra que a exposição solar crônica ou intensa de forma intermitente é a principal causa do problema. Os riscos também aumentam para os indivíduos com histórico familiar ou pessoal, pele clara e suscetíveis a queimaduras solares, sistema imunológico debilitado e que se expõem à radiação artificial. 

“O excesso de sol, especialmente por conta das radiações ultravioleta A e B, leva à formação de radicais livres e alterações no DNA das células. Além disso, contribui para a aceleração do processo de envelhecimento devido à degradação do colágeno e formação de manchas, ressalta a médica. Por tais motivos, segundo ela, a fotoproteção adequada desde a infância e as consultas regulares com especialista são cruciais.  

Meios de prevenção 

Conforme estudo realizado pelo Instituto de Cosmetologia de Campinas (SP), em 2022, 71% dos brasileiros não utilizaram protetor solar diariamente e 55% não sabiam a quantidade correta a ser aplicada contra os efeitos nocivos dos raios UVA e UVB. Na tentativa de reduzir o dano solar à pele e da falta de conhecimento, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) recomenda a regra da colher de chá. “A indicação é a aplicação de uma colher de chá de filtro no rosto, cabeça e pescoço; uma colher em cada braço e antebraço; duas colheres na parte da frente e trás do dorso; e duas colheres em cada coxa/perna”, explica Louise Chateaubriand.  

A especialista ainda esclarece que, a depender do fototipo, histórico do paciente e grau de exposição, essa regra pode variar. No entanto, de modo geral, o produto deve ser reaplicado a cada 3h. Outro aliado preventivo é a alimentação balanceada, rica em nutrientes, assim como a hidratação. Também é importante o uso de roupas que cobrem a pele, chapéus/bonés de abas largas, óculos escuros, sombrinhas e guarda-sol. 

Tipos de câncer e tratamentos  

A SBD define o câncer de pele como uma doença caracterizada pelo crescimento anormal das células que compõem o órgão. No Brasil, o tipo mais comum e de baixa letalidade é o carcinoma basocelular (BCB). Integrante da categoria de não melanoma, se apresenta na forma de lesões que se assemelham a feridas que não cicatrizam ou nódulos com uma evolução lenta. Também frequente, o carcinoma espinocelular (CEC) costuma aparecer em áreas expostas ao sol, a exemplo do rosto, couro cabeludo e pescoço. Geralmente possui coloração avermelhada e atinge as células responsáveis pela formação das camadas superiores da pele.  

Já o melanoma, o tipo agressivo e que pode acometer mais jovens, surge em qualquer parte do corpo, manifestando-se como pintas, manchas ou sinais de tons acastanhados ou enegrecidos, com formato irregular e propensos a sangramento. Apesar das diferenças nos níveis de gravidade, quando diagnosticados precocemente e tratados, todos os três quadros têm altas chances de cura.  

Segundo o Ministério da Saúde, uma das alternativas de identificação dos sinais que apontam o desenvolvimento da doença é o método ABCDE: lesões assimétricas, com bordas irregulares, múltiplas cores, diâmetro maior que 6mm e evolução (não cicatriza, sangra). O tratamento muda de acordo com a classificação, extensão, agressividade, localização do tumor, bem como a idade e o estado de saúde do paciente. Normalmente, a abordagem utilizada inclui a cirurgia excisional e a cirurgia micrográfica de Mohs, na qual o cirurgião remove o tumor e analisa o material ao microscópio, preservando os tecidos sadios.

Sobre a Rede Mater Dei de Saúde  

Somos uma rede de saúde completa, com 43 anos de vida, tendo o paciente no centro de tudo e ancorada em três princípios: inteligência e humanização como pilares do atendimento; tecnologia como apoio da excelência; e solidez das governanças clínica e corporativa. Nossos serviços médico-hospitalares estão disponíveis para toda a família, em todas as fases da vida, com qualidade assistencial e profissionais altamente capacitados e especializados. Estamos em expansão, levando para mais pessoas o Jeito Mater Dei de Cuidar e de Acolher. Nossa premissa é valorizar a vida dos nossos pacientes em cada atendimento, disponibilizando o melhor que a medicina pode oferecer. 

Unidades 

Minas Gerais: Hospital Mater Dei Santo Agostinho, Hospital Mater Dei Contorno, Hospital Mater Dei Betim-Contagem, Hospital Santa Genoveva, CDI Imagem e Hospital Santa Clara   

Bahia: Hospital Mater Dei Salvador e Hospital Emec 

Goiás: Hospital Premium  

Pará: Hospital Porto Dias

* Fonte: JULIANA VITAL / THAIS FIGUEIREDO – Comunicativa Associados

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