Doenças cardiovasculares: cresce o número de diagnósticos entre pessoas com menos de 40 anos no Brasil.

Obesidade, sedentarismo, uso de vapes e drogas ilícitas estão entre os principais fatores que antecipam problemas cardíacos graves.

Crédito: Divulgação

Nos últimos anos, o Brasil tem registrado um aumento preocupante nos diagnósticos de doenças cardiovasculares em jovens adultos. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde apontam um crescimento de 180% nas internações de pessoas com menos de 40 anos, passando de menos de dois casos a cada 100 mil habitantes, no ano 2000, para quase cinco em 2024.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) estima que, anualmente, pelo menos 400 mil pessoas morrem em decorrência de doenças cardiovasculares no país. Esse fenômeno pode ser explicado por mudanças contínuas no estilo de vida do brasileiro, como o aumento do sedentarismo, o consumo de alimentos ultraprocessados, a ingestão excessiva de álcool e o uso de estimulantes e hormônios sem acompanhamento médico adequado.

Jorge Torreão (CRM-BA 17177 / RQE-BA 10481), cardiologista e especialista em imagem cardiovascular, ressalta que esse aumento também está relacionado à maior prevalência de obesidade, hipertensão e diabetes em idades mais precoces, ao uso de cigarros eletrônicos, conhecidos como “vapes”, e ao consumo de drogas ilícitas, fatores associados a distúrbios vasculares e a doenças cardiovasculares ocultas ou de difícil diagnóstico, como as arritmias.

Diagnósticos 

O cardiologista explica que, geralmente, o diagnóstico envolve desde a avaliação clínica detalhada, com exame físico bem conduzido e anamnese cuidadosa, até o uso racional de exames complementares. Exames básicos, como eletrocardiograma, teste ergométrico e análises de sangue que englobam colesterol e glicemia, devem ser realizados quando indicados pelo médico. Em Feira de Santana, o IHEF é referência na realização destes exames.

“Atualmente, contamos com uma ampla gama de exames não invasivos avançados, como o ecocardiograma, que avalia a função e a morfologia do coração e das valvas; a angiotomografia coronária, essencial para examinar as artérias que irrigam o coração e que, quando obstruídas, podem causar infarto; e a ressonância magnética cardíaca, que permite analisar a função e a morfologia cardíaca com maior precisão. Vale destacar também o escore de cálcio coronário, que ajuda a identificar indivíduos assintomáticos com maior risco de eventos cardiovasculares”, explica.

Tratamentos 

O tratamento das doenças cardiovasculares geralmente começa com mudanças no estilo de vida, como alimentação saudável, prática de exercícios, controle do peso e abandono do tabagismo. Quando necessário, são prescritos medicamentos para controlar a pressão arterial, o colesterol e a coagulação do sangue. Novas terapias, como anticoagulantes modernos e inibidores de SGLT2, também têm ampliado as opções disponíveis para os pacientes diagnosticados.

“Em casos mais graves, podem ser indicados procedimentos invasivos ou cirúrgicos, como angioplastia, cirurgias de revascularização ou troca de válvula cardíaca. O objetivo é controlar riscos, evitar complicações e melhorar a qualidade de vida do paciente”, esclarece.

Saiba como se prevenir 

Entre os jovens, a prevenção passa por escolhas de estilo de vida saudável, como a prática regular de atividade física, a adoção de uma alimentação balanceada (rica em frutas e verduras e pobre em ultraprocessados), o controle do estresse e a evitação do consumo excessivo de álcool e cigarros eletrônicos. “O acompanhamento periódico da pressão arterial, da glicemia e do colesterol é essencial, mesmo em pessoas jovens e sem sintomas”, orienta.

Já entre os idosos, o cardiologista destaca que, além das medidas já citadas, a prevenção deve incluir adesão rigorosa ao tratamento de comorbidades, como hipertensão, diabetes e dislipidemia; uso adequado dos medicamentos prescritos; acompanhamento médico regular; e manutenção de uma rotina ativa que estimule tanto a saúde física quanto a mental.

Torreão também ressalta a importância de campanhas como o Setembro Vermelho, criada para alertar sobre a prevenção, o diagnóstico e o tratamento das doenças cardiovasculares. “Essas mobilizações são fundamentais para aumentar a conscientização da população sobre fatores de risco e sinais de alerta. Além disso, estimulam o diagnóstico precoce, crucial para evitar desfechos graves; incentivam mudanças no estilo de vida em nível populacional; e reforçam a necessidade de políticas públicas que priorizem a prevenção e o acesso a exames diagnósticos”, conclui. 

SOBRE O IHEF  

O IHEF (Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Feira de Santana), foi fundado em 1983, objetivando proporcionar a todos os pacientes do estado da Bahia, diagnóstico e tratamentos das doenças do sangue. Após anos de atuação, o IHEF expandiu para as áreas de medicina laboratorial, diagnóstico por imagem, medicina nuclear e vacinas, dando origem ao Sistema de Saúde IHEF, o mais completo serviço de saúde não hospitalar do interior da Bahia.

Desde 2014 é prêmio Top of Mind no segmento laboratorial em Feira de Santana e também vencedor do prêmio Benchmarking Bahia por duas vezes, na categoria Compliance, como o melhor laboratório do interior da Bahia. O IHEF Laboratório possui certificação de qualidade ISO 9001. 

* FONTE: JOÉRICA CUNHA/ JULIANA VITAL – Comunicativa Associados

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