Envolvido por testemunha no caso Marielle, Orlando da Curicica é tranferido do Rio

Sob forte esquema de segurança, miliciano é retirado do sistema prisional do estado nesta terça-feira

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RIO — Apontado por uma testemunha como mandante dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes, o miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando da Curicica, foi transferido do Rio no início da manhã desta terça-feira. A mudança acontece a pedido da Secretaria de Segurança do Rio e Orlando irá cumprir pena em uma penitenciária de segurança máxima do governo federal.

LEIA NA ÍNTEGRA (exclusiva para assinantes): Saiba para onde Orlando da Curicica foi transferido, como será a rotina do miliciano fora do Rio e de que maneira a sua saída do estado pode ajudar nas investigações

Além de Orlando, o delator ouvido pela Delegacia de Homicídios da Capital (DH), que é ex-miliciano, também apontou o vereador Marcello Siciliano (PHS) como responsável pela morte de Marielle. Em depoimento revelado pelo GLOBO no mês passado, a testemunha disse ter visto ambos, em junho de 2017, durante um encontro no restaurante, no Recreio dos Bandeirantes, tramando o assassinato da vereadora. “Eu estava numa mesa, a uma distância de pouco mais de um metro dos dois. Eles estavam sentados numa mesa ao lado. O vereador falou alto: “Tem que ver a situação da Marielle. A mulher está me atrapalhando”. Depois, bateu forte com a mão na mesa e gritou: “Marielle, piranha do Freixo”. Depois, olhando para o ex-PM, disse: ‘Precisamos resolver isso logo'”, afirmou a testemunha.

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AS VÍTIMAS
MARIELLE FRANCO
ANDERSON GOMES
ASSESSORA DE MARIELLE
Única sobrevivente do crime contra Marielle e Anderson, uma assessora da parlamentar é uma das testemunhas do caso. Ela e o marido deixaram o país por questões de segurança.
O motorista foi atingido por três tiros nas costas e morreu na hora. Ele fazia um bico substituindo um amigo de licença médica. Anderson iria começar um curso para ser mecânico de aviões.
A vereadora foi assassinada no dia 14 de março com quatro tiros na cabeça. A parlamentar tinha como principais pautas a defesa dos direitos humanos, da causa LGBT e dos moradores de favelas
OS CITADOS NA INVESTIGAÇÃO
MARCELLO SICILIANO
ORLANDO OLIVEIRA DE ARAÚJO
TESTEMUNHA-CHAVE
O miliciano conhecido como Orlando Curicica também foi envolvido pela testemunha-chave. Ele teria ordenado a execução do crime de dentro do Complexo Penitenciário de Gericinó, onde está preso desde outubro de 2017.
O vereador do PHS foi apontado por uma testemunha-chave como um dos interessados no crime. Siciliano se defendeu e negou qualquer participação nos assassinatos. Ele já prestou dois depoimentos à polícia.
Em maio, uma testemunha-chave envolveu Marcello Siciliano e Orlando Oliveira de Araújo no crime. O homem disse ter testemunhado o momento em que o vereador e o miliciano conversaram sobre a morte de Marielle.
THIAGO BRUNO
MENDONÇA
CARLOS ALEXANDRE
PEREIRA MARIA
ANDERSON CLAUDIO
DA SILVA
Preso no fim de maio, o homem apelidado de Thiago Macaco teria sido o responsável, segundo a testemunha, por vigiar Marielle e clonar um dos carros usado no crime. Ele é acusado de matar Carlos Alexandre Pereira Maria, assessor de Siciliano.
O assessor de Siciliano, conhecido como Alexandre Cabeça, foi assassinado em abril. A execução pode ser uma “queima de arquivo”. O caso é investigado pela mesma equipe da DH encarregada da apuração dos assassinatos de Marielle e Anderson.
O ex-PM foi assassinado em abril no Recreio quando entrava em seu carro, uma BMW. Seu assassinato aconteceu dois dias depois do de Alexandre Pereira Maria.
O INVESTIGADOR
GINITON LAGES
O delegado da Divisão de Homicídios da capital é o responsável pela investigação do crime. Desde o começo da apuração do caso, Lages optou pelo silêncio absoluto. São raras as informações passadas pelo delegado e sua equipe.

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