Gilson Rodrigues lança “O Filho da Mudança” em Salvador no Dia da Consciência Negra, celebrando fé, pertencimento e protagonismo social.

O sertão e a favela se encontram no coração da primeira rua do Brasil.

Gilson Rodrigues – Crédito: Divulgação

No próximo 20 de novembro, data simbólica do Dia da Consciência Negra, o empreendedor social e fundador do G10 Favelas, Gilson Rodrigues, lança em Salvador o livro “O Filho da Mudança – O improvável que se tornou inevitável” em um evento especial no Palacete Tirachapéu, na Rua Chile, marco histórico da cidade mais negra do país.

Após os lançamentos em São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Pará e Recife, a capital baiana é o próximo destino de Gilson na turnê nacional do livro, em um retorno às origens e homenagem à sua terra natal. 

A noite em Salvador contará com produção executiva de Marta Góes e deve reunir cerca de 200 convidados, entre lideranças comunitárias, empresários, jornalistas, autoridades e representantes de movimentos sociais.

Do sertão à favela e da favela para o mundo

Em “O Filho da Mudança”, Gilson compartilha uma trajetória de fé, resistência e transformação: do sertão da Bahia às vielas de Paraisópolis, onde cresceu enfrentando fome, rejeição e invisibilidade, mas também descobriu propósito e pertencimento.

“Sou filho da muda — minha mãe, Maria Lúcia, mulher surda e silenciada, mas cheia de força. Foi dela que herdei a capacidade de ouvir o mundo com o coração. Este livro é uma homenagem a ela e a todas as mulheres que floresceram onde ninguém acreditava”, afirma o autor.

A obra também registra a construção do G10 Favelas, movimento que une as maiores comunidades do país para transformar a realidade de milhões de brasileiros. Gilson narra como Paraisópolis se tornou vitrine de inovação e economia de impacto, com projetos como o G10 Bank, a Favela Brasil Xpress, a Gastrô Favela e o Agro Favela Refazenda.

“A favela não precisa de salvação, precisa de oportunidade. Sempre acreditei que prêmio é responsabilidade. Não coleciono troféus, abro caminhos”, diz Gilson.

Reconhecido internacionalmente, o autor já palestrou na ONU, em Harvard, e fez história ao realizar o Opening Bell na Bolsa de Nova York (NYSE), representando a potência econômica das favelas brasileiras.

“Nunca fui escolhido, eu escolhi continuar. Escolhi ser protagonista da minha própria história. Porque, por muito tempo, acreditei que precisava de alguém que me salvasse… até entender que o herói que eu procurava era eu mesmo”, reforça.

Uma noite simbólica de virada e inspiração

A escolha de Salvador e do Dia da Consciência Negra carrega forte valor simbólico. O evento marca um reencontro de Gilson com suas raízes e com a força ancestral que permeia sua trajetória. O Palacete Tirachapéu, recentemente restaurado, será o palco da celebração de uma história marcada pela superação e pelo engajamento em ações com propósito coletivo.

A programação inclui sessão de autógrafos, apresentações musicais e intervenções artísticas inspiradas na ancestralidade e na potência da favela.

“Este livro é um convite para uma virada de chave. Se você já pensou em desistir do seu sonho, estas páginas são para você. A favela está falando do Brasil, e o mundo precisa escutar”, conclui Gilson.

* Crédito: Alice Barbosa – Conecta PR

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