Previsão de arrecadação com leilões do pré-sal é de R$ 600 bilhões, diz ANP
Com o sucesso das rodadas do pré-sal, diretor-geral da agência reguladora revisou em R$ 200 bilhões a estimativa de arrecadação com a exploração das áreas
Diante do grande interesse das empresas que participaram do leilão de pré-sal, a Agência Nacional do Petróleo, Biocombustíveis e Gás Natural (ANP) revisou para cima as projeções de arrecadação com a exploração dos seis blocos leiloados na última sexta-feira (27). Com isso, a estimativa de arrecadação com a atividade nessas áreas aumentou em R$ 200 bilhões e deve gerar R$ 600 bilhões.
“Com as ofertas que tivemos, essa previsão foi revista e pode chegar a R$ 600 bilhões. Esses números mostram o sucesso dos leilões”, afirmou o diretor-geral da agência reguladora, Décio Oddone, em evento realizado no Rio de Janeiro. Anteriormente, a arrecadação com a atividade de exploração, incluindo o pagamento de royalties e outros tributos, era de R$ 400 bilhões nos próximos 30 anos.
Na prática, significa maior potencial de produção de petróleo e, mais importante, em melhorias para a sociedade, em especial nos estados e municípios que têm na exploração de óleo e gás sua principal atividade econômica.
No certame, os percentuais de petróleo oferecidos à União variaram até 80%, muito além do mínimo estabelecido para os blocos. Para arrematar alguma área, as empresas precisavam oferecer o maior percentual a ser direcionado aos cofres públicos. Apenas em bônus de assinatura, foram arrecadados R$ 6,15 bilhões.
De acordo com o diretor, o aumento dessa previsão deve ser confirmado caso as atuais condições de atividade do setor se mantenham. “Mantidas as mesmas condições que nós tínhamos estimado anteriormente, com os percentuais ofertados no leilão, o resultado esperado é de cerca de R$ 200 bilhões a mais ao longo de 30 anos após o início da produção dos poços”, apontou.
Com a retomada dos leilões de petróleo, são esperadas maior atração de investimento e dinamismo no setor de óleo e gás, que foi muito afetado pela recessão econômica e pelo cenário desafiador do petróleo nos últimos anos.
Fonte: Governo do Brasil, com informações da Agência Nacional de Petróleo