Secretaria de Justiça realiza campanha pela Visibilidade Trans

Para comemorar o Dia Nacional da Visibilidade Trans (29 de janeiro), o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Justiça Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), realiza a Campanha pela Visibilidade Trans com peças publicitárias, onde o público trans local se vê representado. O objetivo é conclamar a sociedade a entender a importância do respeito ao nome social e à inclusão no mercado formal de trabalho para a população trans.

Com o texto ‘Minhas roupas mudaram; Meus sapatos mudaram; Meu cabelo mudou; Minha postura mudou; Se tudo está diferente, por que meu nome no documento deveria continuar igual?’, a campanha chama atenção ao tratamento pelo nome que melhor representa a identidade de gênero de Travestis e Transexuais. As peças, veiculadas nas redes sociais do Governo e da Antra, convidam ainda a colocar na pauta do Congresso a lei que desburocratiza a mudança do nome nos documentos, por meio do abaixo assinado no site do Avaaz.

O lançamento, na sexta-feira (27), realizado em parceria com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), integrou a programação da OcupaDinha pela Visibilidade Trans, no Largo da Dinha, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, levou ao espaço transexuais e travestis baianos, além de simpatizantes da causa.

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Lançamento levou ao Largo da Dinha transexuais e travestis baianos, além de simpatizantes da causa.
(Foto: Ascom/SJDHDS)

Para o coordenador estadual de Políticas LGBT, Vinicius Alves, “a iniciativa se configura em um momento de reconhecimento da população trans, grupo mais vulnerável aos crimes de homofobia e transfobia, e que, pela primeira, vez teve o apoio do Governo do Estado”. O jovem João Hugo, 23 anos, falou sobre a sua historia de vida e a importância da militância em prol da causa.

“Quando a gente descobre que está no corpo certo, mas a alma não condiz com muita coisa, resolvemos fazer com que o nosso corpo de adeque, por meio de processo um tanto doloroso, mas de resistência contra toda transfobia institucional”, disse João, salientando ainda ser “preciso lutar contra o preconceito institucionalizado, por mais acesso à informação e serviço de saúde para a população trans”.

A campanha foi idealizada, segundo a presidente Antra, Keila Simpson, em 2003, pelo então Programa Nacional de Aids, em parceria com a entidade, sendo lançada em 29 de janeiro de 2004, no Congresso Nacional. Este ano, a campanha foi doada pela agência de publicidade Léo Burnet, de São Paulo. Registrada em 2000, a Antra é uma rede nacional iniciada em 1993, na cidade de Porto Alegre (RS), protagonizando, desde então, diversas ações pelo Brasil, sempre respondendo às demandas das suas 116 instituições afiliadas em todo o País.

Fonte: Ascom/Secretaria de Justiça Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Estado (SJDHDS)

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