Dor de cabeça pode ser alerta para hérnia de disco.

Saiba quais são os sintomas, os fatores de risco e o tratamento da doença que atinge mais de cinco milhões de brasileiros.

Foto: Gesrey/Freepik

Mais da metade da população mundial sente dor de cabeça, pelo menos, uma vez ao ano, segundo informações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Embora seja comum, o sintoma não deve ser ignorado, pois, muitas vezes, pode indicar a presença de outro problema de saúde. Um desses exemplos é a hérnia de disco.

A coluna é formada por vértebras que possuem um canal por onde passa a medula espinhal. “Entre as vértebras estão os discos intervertebrais, estruturas em forma de anel, constituídas por tecido cartilaginoso e elástico cuja função é evitar o atrito entre uma vértebra e outra e amortecer o impacto”, informa o Ministério da Saúde. 

O desgaste desses discos pode alterar suas posições e, assim, provocar a compressão das raízes nervosas, causando a hérnia de disco. O problema é mais comum nas áreas lombar e cervical. 

médico especialista em coluna, Luciano Pellegrino, explica que além de fatores hereditários e genéticos, outras circunstâncias podem contribuir para o surgimento do problema. “Hábitos de vida, como o sedentarismo e a má postura crônica, principalmente, nessa época de home office; exercícios físicos mal conduzidos e exagerados podem causar hérnia de disco, especialmente, se a musculatura core (abdominal) e paravertebral (das costas) não estiver bem fortalecida e estabilizada”, alerta. 

Ainda de acordo com o especialista, o sobrepeso, a obesidade e o tabagismo são fatores de risco adicionais para o desencadeamento da doença.

Sintomas e diagnóstico

A hérnia de disco pode aparecer de forma silenciosa e evoluir para dores localizadas na região da coluna, podendo irradiar para outras áreas do corpo. Quando o problema atinge a cervical, é possível sentir dores de cabeça, na nuca e nos ombros.

Se a região torácica é acometida, o paciente pode sentir dores nas costas. Se o quadro for na região lombar, é comum a irradiação para os membros inferiores. A intensidade das dores varia, podendo ser leve, moderada ou, até mesmo, incapacitante.

Por isso, a orientação das autoridades de saúde é não ignorar a presença dos sintomas e buscar a ajuda de um profissional. O diagnóstico é feito a partir de exames de imagem como raio-x, ressonância magnética e tomografia computadorizada. O protocolo de investigação é preconizado pelo Ministério da Saúde. 

Prevenção e tratamento

Cerca de 5,4 milhões de brasileiros convivem com a hérnia de disco, segundo números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para garantir a qualidade de vida, é necessária a realização do tratamento adequado.

Luciano Pellegrino explica que, com a ajuda profissional, é possível obter uma melhora do quadro. “O tratamento inicial é clínico e tem bom resultado em cerca de 90% dos casos. Medidas analgésicas iniciais, reabilitação motora com fisioterapia e RPG e a retomada gradual de atividades físicas de fortalecimento para evitar novos episódios podem ser indicadas.”

Buscar auxílio médico no estágio inicial da hérnia de disco facilita o tratamento e evita a evolução para um quadro mais complicado. Também é importante prevenir-se. Para isso, é aconselhável a realização de atividades físicas, o controle do peso e a atenção à postura no dia a dia.

Suellen Martins
suellen.martins@expertamedia.com.br
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