Exposição apresenta trabalhos de tecelagem de curso da Setre

O ato de tecer, por meio do entrelaçamento de fios de trama, a tecelagem, ganhou novos artesãos qualificados pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). Realizado no prédio do extinto Instituto Mauá, no Pelourinho, em Salvador, o curso, iniciado em julho passado, teve a participação de 13 alunos e teve a apresentação da arte mais antiga de artesanato, em nível mais avançado, pelo mestre-instrutor Joselito Pinto (Zezito).

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O secretário Álvaro Gomes abriu a Exposição de Tecelagem, que apresenta mais de 120 peças
(Fotos: Reinaldo Alcântara)

“Nosso objetivo tem sido o de divulgar e valorizar a técnica de tecer e, por extensão, possibilitar a geração de renda aos artesãos baianos”, explica a coordenadora de Fomento do Artesanato da Setre, Emília Almeida. Cada aluno, em seis meses de aulas práticas e teóricas, conseguiu aprimorar os conhecimentos. Nesta quinta-feira (22), eles comemoram a conclusão do curso, vendo seus produtos expostos para comercialização na loja de artesanato da Barra, localizada no mesmo prédio onde o curso foi ministrado.

O secretário Álvaro Gomes abriu a ‘Exposição de Tecelagem’, desejando que esta técnica seja multiplicada por cada um dos alunos em suas associações e comunidades. E garantiu que novos cursos serão ministrados. Os alunos, predominantemente na faixa etária dos 50 anos, estão motivados em levar os novos conhecimentos aos jovens.

“Eles produziram mais de 120 peças, utilizando fibras de sisal, palhas de licuri, piaçava e capim dourado, além de algodão, seda e poliéster. Todas com acabamento de qualidade. Alguns deles diziam não ter muita aptidão, e surpreenderam. Terminaram o curso com trabalhos lindíssimos”, disse o mestre Zezito.

Anadil Caribé, por exemplo, comemora o fato de atualmente dominar técnicas avançadas da tecelagem como o xadrez, flor de mel, escadinha e balão. Rita Marques valoriza seu aprendizado no artesanato, aprendendo técnicas que precisam ser resgatadas para os tempos de hoje. Veralice Calazans, outra artesã, avisa que o domínio das novas técnicas serão úteis na produção de suas peças afros, enquanto Lucidalva Santana, adianta que o interesse pelo curso da Setre nasceu como possibilidade na sua produção de peças de matriz africana.

Assim como as demais, Ana Rita dos Santos e Elienice Souza destacam que ter mais agilidade para fazer as peças será de fundamental importância. E, unânimes, declaram, que aprendem uma arte milenar. “Não pretendemos deixar o conhecimento se perder. Vamos multiplicar todos os ensinamentos do mestre Zezito aos jovens dos terreiros de candomblé que nós frequentamos”.

Fonte:Ascom/Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre)

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