Vencedor de prêmio nacional, poeta feirense vai ao RJ, com apoio da Fundação Egberto Costa

Feira de Santana estará representada na premiação do 4º Concurso Literário Nacional Julio Salusse, promovido pela Academia Friburguense de Letras, no Rio de Janeiro. O feirense Solidade Lima foi o vencedor do prêmio na modalidade poesia. A Prefeitura Municipal, através da Fundação Egberto Costa, Funtitec, vai custear a ida do poeta para o evento, que acontece no dia 8 de dezembro, na Câmara Municipal de Nova Friburgo.

Solidade Lima participou do concurso junto com outros 240 candidatos, de 22 Estados brasileiros. O soneto é intitulado “Constelação de Sygnus” e foi escrito especialmente para essa disputa, produzido com base no poema “Cisne”, de Júlio Salusse. Para o poeta, o prêmio é uma constatação da primazia da produção literária de Feira.

“A Fundação Egberto Costa está sempre junto tentando auxiliando os artistas da terra.  E esse prêmio, é uma boa oportunidade tanto para minha carreira como também para a visibilidade da produção de Feira de Santana, já que este concurso é um evento de notabilidade nacional”, comemorou.

Começou a fazer poesia aos oito anos de idade

Feirense, egresso de escolas públicas de Feira de Santana, o poeta Solidade Lima começou a escrever poesias aos oito anos de idade depois que conheceu, na escola, a obra de Castro Alves. Aos 15 anos, com a chegada da puberdade, o artista explica que seus escritos tornou-se publicados já que “a rebeldia é uma máquina de fazer versos.

O artista publicou pela primeira vez no extinto Jornal Folha do Norte. Suas criações faz abordagens existencialistas “buscando o entendimento das grandes temáticas da vida” como a morte, por exemplo.

Para Solidade “o poeta é fundador de mundos” pois criar é refundar uma nova perspectiva de vida. Autor de quatro livros de poesias, o poeta está em processo de produção do seu primeiro livro de prosa, previsto para ser publicado ainda este ano.

Apoio “valoriza quem faz a cultura acontecer”, diz presidente da Fundação 

“É uma forma de valorizar as pessoas que fazem a cultura acontecer”, diz o diretor-presidente da Fundação Egberto Costa, Antonio Carlos Coelho. Assim, assinala, o órgão vinculado a Prefeitura Municipal cumpre, “cada vez mais, nosso papel, que é fomentar a cultura feirense”.

Conforme o presidente, o prefeito José Ronaldo autorizou que a Fundação custeasse a ida de Solidade ao Rio de Janeiro tão logo foi comunicado do feito do poeta e da necessidade. “De pronto tomamos as providências”.

Coelho observa que é com recursos próprios, oriundos das atividades realizadas nos teatros que administramos, que a Funtitec tem conseguido levar artistas de Feira de Santana para diversos lugares do Brasil e até para fora do país para representar o município.

O soneto premiado de Solidade Lima

Constelação de Sygnus

Doces cisnes num lago, doces sinos
nos lábios do vento… brincam brisas
sob o sol que incandesce e que desliza
pela pele do poente alabastrino…

Dois planetas humanos e divinos,
dois cometas numa órbita precisa
(o mundo num segundo paralisa)
mergulham-se na luz de um só destino.

Mas da vida é o tempo atroz adaga;
rasga o seio do sonho e o cisne vaga
serrando as asas e subindo ao ceu.

À noite, quando uma estrela chora,
a lágrima de um cisne inunda a aurora
lembrando aquele amor que não morreu.

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